segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CARRASCO DO ATLÉTICO!


Treinador não ganha jogo, mas com certeza perde. Ontem ficou mais uma vez provado no jogo entre Atlético e Cianorte, que um treinador com idéias mirabolantes pode colocar tudo a perder. O Atlético não fazia uma grande partida diante do Cianorte, mas vencia com tranquilidade e naturalidade, sem correr qualquer risco. A referência técnica rubro negra era Harrison, jogador de grande mobilidade, técnica apurada e passes quase sempre perfeitos. No sistema de jogo implantado por Carrasco, a mobilidade dos homens de meio campo, Deivid e Harrison, eram fundamentais para manter o equilíbrio de um time que não têm laterais e se os têm, esses não apóiam.

Com 2 x 0 no placar, inexplicavelmente, no intervalo promoveu uma inusitada alteração ao sacar o melhor jogador do time para promover mais de uma das suas também inexplicáveis improvisações. Sacou Harrison e no seu lugar colocou Paulo Otávio que foi para a lateral esquerda e mandou Heracles para o meio campo.

Pera aí "seo" Carrasco,o senhor tá de brincadeira!!!

Heracles vinha tendo uma atuação regular pela lateral, sem apóias, mas marcando bem e o senhor improvisa ele de meia sob que pretexto? Não há explicação para uma atrocidade dessas.

Desmontou completamente o time, e o Furacão passou a ser dominado pelo Cianorte. Nem se venha dizer que houve uma penalidade, que Edgar Junio perdeu um gol inacreditável. Nada disso. O time passou a ser dominado porque simplesmente ficou sem meio campo.

Confesso que não gosto muito do sistema tático do treinador, mas tenho que admitir que vinha fluindo relativamente bem pela presença de jogadores incansáveis e de grande mobilidade como Harrison e Deivid no meio campo. Mas quando o treinador retirou, inexplicavelmente, de campo o meia Harrison, destruiu o que ele mesmo estruturou. Já não bastava pra ele, a absurda invenção de Pablo na lateral direita. Precisou inventar Heracles de meia. Ficou sem armação de jogo e de nada valeram seus 3 atacantes, pois não havia quem preparasse a jogada.

Deu no que deu. E o Atlético tem que dar graças de não ter perdido o jogo. Um time frágil como o Cianorte dominou inteiramente a segunda etapa e, fácil-fácil, chegou ao empate, como poderia ter ganhado a partida.

O time atleticano não é mesmo a oitava maravilha do mundo. Mas "seo" Carrasco que me perdoe, pois nenhum atleticano que entenda um mínimo de futebol faria aquela ridícula atuação. Pior, é depois em entrevista coletiva querer o treineiro jogar a culpa no calor. Por favor, seria mais fácil, mais honesto que o gringo reconhecesse a "caca" que fez. Carrasco de sim mesmo. Perdeu o aproveitamento de 100% e tomou os primeiros gols da competição e pior que isso, abriu caminho para o adversário conquistar o primeiro turno sem fazer força. Tudo por conta das invenções.

Anteriormente Carrasco já havia inventado Nieto na ponta direita. E em 25 minutos ele descobriu o que todos já sabiam. E ontem ele improvisou Bruno Furlan, um jogador canhoto e pesado pelo lado direito e Ricardinho, destro, pelo lado esquerdo. Não seria mais lógico fazer o contrário? O canhoto tem severas dificuldades em trabalhar bola pelo lado direito, até porque, sempre precisa cortar pra dentro.

Às vezes me pego a pensar, por que os caras fazem isso? Por que esses treinadores (que jogaram futebol) precisavam fazer isso? É Adilson com seus 5 volantes, Renato Gaúcho com volante de centro avante, Mario Sergio, Lopes, etc, etc.. Ou a gente não entende nada, ou esses caras sabem demais. Admito improvisações, mas invenção não, definitivamente não.

Uma coisa é certa: o time precisa urgentemente de reforços e de qualidade, que cheguem pra jogar. Um lateral direito, um zagueiro de área principalmente, que faça dupla com Manoel , um meia e um atacante são imprescindíveis.

Com o plantel atual não é possível ter grandes sonhos, por isto Carrasco pode até improvisar, mas inventar jamais.

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